segunda-feira, 21 de março de 2011

UM CONVITE À LEITURA.




                
CONVIDO VOCÊ A LER UNS TEXTOS E VERSOS LIVRES E SOLTOS QUE FALAM DE MIM, DE AMIGOS, DA FAMÍLIA, DE AMORES, DA MINHA VISÃO TORCIDA E DESTORCIDA DA VIDA. 
TALVEZ VOCÊ SE ENCONTRE
NESSE CAOS. QUEM SABE?  



Grupo Editorial Scortecci
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Livraria e Loja Virtual Asabeça


A IDADE NOS MOSTRA QUE A VIDA
SEM AMIGOS SERIA MAIS OU MENOS
UM DESERTO, ONDE O SOPRO
DO VENTO MOVIMENTA AS  DUNAS
CRIANDO E DERRUBANDO PAISAGENS,
O SOL ESCALDANTE E O FRIO CORTANTE 
BRINCAM DE DEUS
E A VIDA SERIA UM SOLITÁRIO ENTARDECER.

EU TENHO AMIGOS!
POUCOS, POUQUÍSSIMOS AMIGOS
E UM TREMENDO ORGULHO DESSAS AMIZADES.



 


COM ESSA VISÃO DE MUNDO,
ESCREVI O LIVRO:

 TEXTOS E POEMAS.
ANVERSO E REVERSO
EM VERSOS LIVRES E SOLTOS.






“SECRETUM MEUM MIBI”
          SÃO FRANCISCO



DEDICADO AOS SERES QUE AMO,
   VERDADEIROS OU IMAGINÁRIOS,
      QUE MUDARAM MINHA MANEIRA
        DE VER A VIDA, EM ESPECIAL,
          JÚLIA, MINHA CACHORRINHA;
               VOCÊ, QUE VIVE EM MIM,
                   E MINHA MÃE.

              
UM POUCO DE MIM
Graça Aquino
Fortalezense, assistente social, advogada (licenciada
da OAB), trabalhei na ex-LBA e no INSS, em Fortaleza
e São Paulo. Morei vinte e cinco anos no Estado de São Paulo,
nas cidades de São Paulo e Osvaldo Cruz. Atualmente,
aposentada, resido em Fortaleza. Gosto de ler e de escrever.
Ensaio na vida, na poesia e na crônica.


UM POUCO DO LIVRO
NA VISÃO DAS AMIGAS:

Graça anuncia em sua escrita... Versos e anversos do caos.
Suas letras pungentes, belas, arrebatam-nos do lugar comum,
inscrevendo em nós o mundo das palavras ditas, não ditas,
pensadas, sentidas, escritas, pontuadas em reticências. Quando
o verso parece óbvio, (des)organizando o caos e o mundo das
letras, eis que irrompe em inusitada ironia.
Em suas inúmeras faces, uma única cara, marca de seu estilo
singular de ser e de escrever. Transparente máscara que nos
deixa vislumbrar seus olhos de águia e os sentidos ampliados de
quem sabe dizer e silenciar. Poesia pura, autêntica, madura.
Os textos são também poemas. O de quando aprendeu a ler é
primoroso, emocionante! Impossível não reler e desejar voltar de
ônibus com você e sua mãe, dando risadas.
Deixo por ultimo, a dedicatória! É de tirar o fôlego, pois nos
convida a ser quem vive em você (mesmo não sendo). Mais
sedutora, impossível. E terna também, para quem na verdade a
dedicatória é dirigida.
As letras brincam na sua pena e no seu penar, (des)organizam,
(des)orientam a ordem (in)finita de nosso caos. Anverso e
reverso em versos livres e soltos, amalgamados em laços de
ternura e afetos, prazerosos e desprazerosos, ressignificando o
vivido e experienciado. Foi com alegria que li e aguardarei as
próximas letras.
                              Maria da Glória Gonçalves
         (Psicóloga, Mestre em Educação e Contemporaneidade).
                       Salvador, primavera de 2010.





“Caos do meu caos”. Nada mais ordenado para o sujeito
do que o seu próprio caos. Nas suas palavras de poeta,
caos sentido, sentidos apreendidos, torna-se um caos que
seduz. Gostei muito dos seus poemas e crônicas. O estilo
de retratar o cotidiano, alegrias e angústias, satisfações
e insatisfações, o mundo, o ser, o amor, encanta, indaga
e faz refletir. A poetisa que está em você explode em
cada som, em cada palavra. O poeta é assim: diz, ama,
sofre, relembra, confia desconfiando, brinca, fala e cala,
em versos. Parabéns!

“Nada faço, nada sei
Então, por que insisto
Em ser o que não sou?”

No final do livro, a grande surpresa: além de
poeta, você é uma excelente cronista.

Escolhi alguns fragmentos de poemas como reflexo
da sua obra (para mim):

“Nada faço, nada sei
“Ah! O tempo
Santo remédio
Não engarrafado
Laboratório fracassado
Razão enganada.”

“O interior é o reflexo do espelho”.

“Ausência, presença
Tanto faz, tanto fez
Assim ou assado
Cozido ou cozinhado”.

“Paixão: céu e inferno.
Perda total dos sentidos.”

“Mas aquele encontro que não houve
Ficou na saudade
No imaginário limitado
Das sensações não vividas”.

“Ao passar dos anos
Cegueira desaparece
É tudo igual.”

“Para você o tempo não passa.
Passam os dias, meses, anos, pessoas.
Você não passa.
Você é eterna, enquanto estiver aqui”.

“Fugir
Ficar presa
Passado não resolvido
Vidas entrelaçadas
Histórias diferentes”.

“Ser cearense
É também um estado de espírito
Além de outros mil ingredientes:”

Agora sei o porquê dos cearenses serem
tão especiais.

            Maria Amélia Chagas Gaiarsa
          Doutora em Letras e Linguística




Poema publicado no

Portal daTerceira Idade.

Estou velha.

Estou velha...
Não pela idade que não consigo esconder
Não pelas rugas que teimam em surgir
Não pelo bigode chinês que marca e deforma
Não pelos cabelos brancos que mascaro
Não pelo buço, penugem escura e humilhante
Não pela penugem que cresce no rosto
E só confirmam a idade.
Não. Nada disso me faz sentir mais velha
A velhice está na saudade
Na saudade da infância, das brincadeiras
E brigas entre irmãos
Das pessoas que conheci
E que hoje não as conheço mais.
Das casas que morei, tantas casas, tantas ruas.
Lembrança dos bairros, das calçadas,
Das areias, das pedras,
Até das topadas e dos xingamentos.
Saudade...
Uma saudade que às vezes dói,
Enche o peito, aperta
E me leva a um passado remoto.
Saudades da minha mãe que não partiu cedo
Na marcação de tempo do homem,
Mas partiu e deixou a certeza de coisas não ditas,
Perguntas  não feitas e do muito que foi perdido...
Saudades do meu pai, do que poderia ter sido
E não foi vivido.
Saudades dos meus irmãos, cada um no seu tempo,
Em sua vida particular e nas mesmas paredes.
Saudades de um tempo em que vivi na tangente
E passou...
Talvez, aí esteja a saudade,
Fugindo, escapulindo fiquei mais presa.
Presa a um passado que teimava em fugir
E como um fantasma me seguia a cada passo,
A cada caminhada da vida.
Tenho saudades de tudo...
De um grito que engoli,
De um choro que teimou em não sair,
Do peso quando não tinha peso,
Mas sinto saudades principalmente das risadas,
Rir por rir, das brincadeiras entre irmãos,
Dessas lembranças que marcam por toda a vida.
Sinto saudades.


                            Fugir
                       Ficar presa
                            Passado não resolvido
                                      Vidas entrelaçadas
                                                Histórias diferentes.

Um Portal interessante, atualizado e democrático.


Perfume

O perfume marca...
Deixa suas marcas.
Lembranças de encontros
E de muitos desencontros.
Identificado como marca
Gravada na memória da vida.
Perfumes...
De certas ocasiões,
De momentos especiais,
De pessoas únicas.
Perfume de determinado tempo
Tempo de uma relação.
Perfume de uma só pessoa,
De um único amor...
Perfume sem pessoa,
Por não gostar,
Por alergia, por indiferença.
Pessoas de diversos cheiros,
Outras do natural:
Corpo lavado ou suado,
Perfume. 
Umas mais simples na maneira de sentir
Com o carinho à flor da pele
Não abandonam suave colônia:
Acqua Fresca do O Boticário
Ou Hora do Sono da Johnson´s.
Perfume...
Alguns inconfundíveis
Colados ao corpo
Ligados à vida.
Perfumes...
Calandre, de Paco Rabanne.
Cascaya, de Gabriela Sabatini.
Nobile, de Gucci.
Spirit, de Boss.
Três fora de linha
Assim como as paixões.
Consumidas pelo fogo
Restaram as cinzas
Levadas pelo tempo.
Ficaram os frascos
E apenas uma leve lembrança.
Perfumes...
Verdadeiros amantes,
Verdadeiras ferraduras do amor!

                                                           Cheiro
                                                 Amor, amores
                                        Lembranças, encontros
                                 Promessas, fantasias
                       Perfumes, vida.
(Publicado no Jornal O POVO, no Caderno
Jornal do Leitor, em 12/12/2009).

3 comentários:

  1. O poema "Estou velha" me remete a minha mais marcante história, a familiar. Vejo nas linhas dessa poesia , em quem a minha história
    me transformou : quem eu sou.
    O poema é rico em detalhes , cheio de minuciosidades, fragmentos e principalmente a primeira linha seguida de retinciências dando ideia de algo a ser completado, continuidade...
    "Não sou velha...sou História."

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  2. "Não sou velha...sou História."

    adorei seu poema amiga, e que coincidência agradável.abraço,

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  3. O poema " Perfume" é escrito pelos sentidos de uma típica taurina! (rs). Lindo! Adorei!

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